GC: Já tinha ligado, eu sei que é hora do banho do menino, mas nunca sei quando posso ligar.
Eu: Pois, ía agora mesmo dar-lhe banho.
GC: Pois olha mas é rápido, como está o menino?
Eu: Está bem, passou a noite com 39 de febre mas agora .....
GC: Pois a febre, é chato mas passa, eu ando aqui com umas dores no meu pescoço. Eu liguei porque fomos comprar umas roupinhas para ele e queria saber se amanhá à tarde podíamos ir vê-lo.
Eu: Sim, venham amanhá à tarde.
GC: Vê lá, não queremos atrapalhar tu vais aos teus pais.
Eu: Podem vir à vontade, eu almoço nos meus pais e depois em vez de ficar com eles venho para casa ......
GC: Ai então se vais lá almoçar deixa estar, vamos outro dia.
Eu: Podem vir sem problema, uma coisa não implica a outra.
GC: Pois e nós também só vamos por volta das 18h.
Sexta, hora de almoço
GC: Já tinha ligado, deves estar a almoçar com os teus pais, nunca sei quando ligar para não incomodar.
Eu: Já almoçámos.
GC: É para te dizer que afinal já não vamos aí porque eu tenho a roupa estendida e como deram chuva para hoje eu estou aqui à janela a ver se não chove para conseguir estender a roupa. Mas vamos aí amanhã, depois ligo a combinar.
Gente Chalupa: Ontem o marido queria ir dar uma volta, mas eu tinha tanta coisa para fazer em casa que não tive tempo.
Eu: Pois em casa há sempre coisas para fazer.
GC: Estive a tarde toda ocupada, nem vais acreditar mudei a planta de sítio três vezes, não a gostava de ver em lado nenhum, passei a tarde nisto não tive tempo para mais nada.
No post anterior escrevi que o pai da criança se tinha portado super bem, correu tudo muito bem, entenderam-se muito bem.
Tudo verdade, mas nem tudo perfeito.
O pai safou-se melhor que do alguma vez ele imaginou, mas assim que eu chegava a casa ele "esquecia" que o bebé existia.
Ou porque estava com dor de cabeça porque ele chorou muito, ou porque fez birra, ou porque doía qualquer coisa e ele já pesa, ou porque estava frustrado porque demorava muito a dar a sopa.
Enfim, toda uma panóplia de "queixas".
E por aí continuámos, mais uma vez tive de bater na mesa e pedir explicações porque razão faz tudo bem quando está sozinho e quando eu estou em cena ele não faz nada.
A resposta ainda estou à espera.
Mas com tempo, calma e muita paciência isto vai lá.
Gostava de vir cá mais vezes, apenas para desabafar, mas o regresso ao trabalho (em fevereiro) não me deixa muito tempo para estar em frente ao computador e quando tenho tempo AHAHAHAHAHAHA fico a vegetar no sofá.
Muitas ideias que por aqui vão, mas falta de tempo e alguma paciência para cá vir.
O regresso ao trabalho foi tranquilo, tudo na mesma, nem parece que estive quase um ano fora.
Em resposta ao meu último post sobre o mês de licença de paternidade, correu muito, mas muito melhor do que eu estava à espera (como se pode ler no post estava com a ansiedade nos píncaros).
Correu muito bem, o pai portou-se super bem, fez tudo direitinho, cuidou muito bem do bebé.......................
CLARO QUE HÁ UM MAS...
O pai superou todas as minhas expectativas, no entanto a ajuda que veio dos pais dele foi péssima.
(Temos um cão para passear ou os pais dele vinham cá a casa ficar com o bebé ou o bebé ia para casa dos meus pais)
Quando os pais dele vinham "ajudar" era o descalabro total, vou enumerar as desgraças:
(ele aproveitava que os pais estavam a cuidar do bebé para, além de passear o cão, dar um jeito na casa)
- horários das refeições não eram cumpridos, eu chego a casa por volta das 16h e aconteceu algumas vezes ainda lhe estarem a dar a sopa a essa hora;
- as fraldas não eram mudadas ou porque "ele estava com sono e era melhor pôr a dormir", ou porque "comeu antes de conseguirmos mudar a fralda e depois adormeceu";
- não comeu a sopa "porque era muito verde", "porque era de peru e ele não gosta", "porque estava liquida", "porque estava muito sólida";
- Ter vestido um body, collants, camisola e calcinhas de algodão e eu chegar a casa e ele estar sem calças porque "ele gosta mais de estar assim e eu não gosto de ver os bebés com calças, os bebés usam bodys" e ele ter as perninhas geladas;
- Bebé sujo de comida e molhado eu disse que dentro da mala dele há um bolsa que tem sempre roupa para trocar e receber como resposta "não sabia, eu não mexo na malinha dele, não ando a ver o que está lá dentro, só tiro a comida";
Por agora lembro-me destas, mas foram muitas mais.
Foi complicado gerir, tive de falar com o pai e dizer que ele se safa melhor sozinho do que com os pais para ajudar.
Tive de bater na mesa e dizer que ele comigo come tudo e com eles é só defeitos.
Tive de me impor e dizer que se continua assim eles deixam de vir "ajudar" ou não vai de todo para casa deles.
O pai entendeu tudo e quando foi a vez de voltar ao trabalho e de o deixar lá em casa explicou todas estas coisas aos pais que receberam como insulto, como se estivéssemos a pôr em causa a capacidade deles de cuidar de um bebé. Chatearam-se, disseram coisas feias.
Ouvi da mãe dele que se ele está a dormir não o vai acordar se não comer às 10, come às 11 ou quando acordar e eu a tentar explicar que não é assim e nós como pais é que temos de gerir isso e para ele faz toda a diferença porque vai mexer com o horário do almoço e com o resto do dia. O que fui dizer...
Sou a última pessoa da terra a seguir regras, mas no que toca às refeições quero que ele coma sempre que possível a horas certas, claro que há excepções, mas regra geral que os horários sejam cumpridos.
É preciso uma dose extra de pacîência... a única coisa que me tranquiliza é que ele fica 90% das vezes com os meus pais... mas aqueles 10% dão cabo de mim!